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sábado, 18 de setembro de 2010








































Rio Jordão


Do Império Assírio ao Império Romano


Do Império Assírio ao Império Romano


Do Império Assírio ao Império Romano


Do Império Assírio ao Império Romano


Do Império Assírio ao Império Romano











quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Teísmo aberto, você entende?


Antes de tudo devo trazer ao conhecimento dos leitores uma breve introdução sobre o tema proposto, assim sendo:


Teísmo Aberto é a teologia que nega a onipresença, a onipotência e a onisciência de Deus.
Seus defensores apresentam outra definição onde afirmam pretender uma reavaliação do conceito da onisciência de Deus, na qual se afirma que Deus não conhece o futuro completamente, e pode mudar de idéia conforme as circunstâncias.
Afirmam também, alguns defensores, que o termo “Todo-poderoso” não pode ser extraído do contexto bíblico pois, segundo eles, a tradução original da palavra do qual é traduzida tal expressão havia se perdido ao longo dos séculos.
Este tema que perdura como muitos afirmam desde os tempo de Lutero e Rotterdam é de disculsão nos palcos teológicos atuais, suas vertendes migram de expoentes que regalam dos mais celebres escritores atuais, o que não me sitno no direito de aferí-los dada a circunstância de que não me vejo no direito, mas poderia dizer que a crítica dos conservadores é ferrenha em cima dos mesmos. Assim antes quero apenas deixar minha opinião que Deus é em sua totalidade conhecedor de tudo e agente atuante peremeado de conhecimento e ação (onipotência) para efetuar compactuado com Sua graça a capacidade de intervir ou não no propósito futurisco humano. Compactuo com alguns pensamentos de Paulo Brabo, mesmo em muitos outros descordar do mesmo, em particular seu breve conceito sobre esta aboradegem que é:

“Basicamente o que me incomoda no teísmo aberto convencional é que sua posição me parece, ela mesma teológica e apologética demais. Seus defensores procuram anular todos os argumentos do calvinismo... Esse apelo radical ao racionalismo dialético também me cheira a biblicismo e literalismo, e no fim das contas a gnosticismo. Raciocínos como "se Deus já sabe o que vai acontecer, de que adianta orar?" me parecem limitados por não passarem no fundo disso mesmo, raciocínios, que pressupõem que a razão pode produzir a resposta mais adequada; que devemos (como os calvinistas) adotar a razão como medida final para todas as coisas. Corremos o risco de gerar uma nova “ortodoxolatria” se vendermos a idéia de que a salvação está mais propriamente associada aos que abraçam a mesma crença à prova de balas que nós mesmos.”
“Minha posição se assemelha mais à dos pós-modernos, que crêem que duas coisas aparentemente contraditórias podem ser verdade ao mesmo tempo. Prefiro confessar que não sei como Deus funciona, e que a Bíblia traz curiosa evidência das duas coisas ...: [1] que a história ainda não está pronta e [2] que Deus em alguma medida por nós desconhecida intervém e patrocina e assina embaixo garantindo o resultado favorável que prometeu para a história universal.”
“Creio que é apenas do nosso ponto de vista muito limitado que as duas coisas são contraditórias. ... mas isso não quer dizer que não se cruzem e se alinhem perfeitamente na eternidade. Sei que isso soa a "mistério" brochante, mas vejo-me apaixonado por esse mistério e cautelosamente não posso me pronunciar taxativamente sobre o que creio, mesmo porque sei não ter cacife para falar sobre o imarcescível.”


Carta de Paulo Brabo-teismo aberto


Assim por parte preciso de muito amadurecimento para entender que Deus não é capaz de atuar em futuro, ainda que por sua vez este futuro ainda não tenha acontecido, o que não minha opnião para Deus, mesmo em se tratando do futuro que ainda não aconteceu, Deus já conhece e para Ele já aconteceu. Prefiro sitar as afirmações de S.S Marques, o amigo irmão, em pergunta sobre o teísmo aberto respondeu:
" há algumas coisas a se concordar com este pensamento, a exemplo o que ele diz sobre o Deus que deixa se limitar"
Ou seja, segundo o professor não é que Deus é limitado e sim que por exemplo algumas caracteristicas de Deus o leva a auto se limitar, como por exemplo: Deus mentir, é imprópio dEle tao ação, asssim ele é segundo o teísmo aberto, alguem que se permite limitar.
Minhas alusões são debativas e não como Caio Fábio tentou colocar uma pedra em cima disso dizendo:


“O mundo está estrebuchando. Mas há pessoas dedicadas a fazer fimose de Deus, ao invés de simplesmente viverem o Evangelho conforme a simplicidade de Jesus”.
“Chega de Disneylândia teológica.”



Percebo que a muitos não é possível a condição de disculsão sobre temas alusivos a nossa compreensão, não percebo “mistério” em alguns debates teológicos e mais como filho me sinto no direito de teologisar sobre Meu Pai.

Por marcelo Marques

sexta-feira, 10 de setembro de 2010


DIA 17/09/2010 ÀS 20h00
DA CRIAÇÃO AO IMPÉRIO GREGO
COM O PROFESSOR MARCELO MARQUES
LOCAL
SEDE DA ASSEMBLEIA DE DEUS

Os 21 Concílios Ecumênicos




A guisa de recapitulação de toda a história da Igreja,
apresentamos uma síntese da história dos Concílios.

1 - Concílio de Nicéia I (325)

O primeiro Concílio Ecumênico foi o de Nicéia I, reunido de
26/05 a 25/07/325.
Desde o Século II, os cristãos voltaram a sua atenção para as
verdades da fé reveladas pelo Evangelho, procurando penetrar-lhes o
sentido. Sem dúvida, uma das que mais se impunham a reflexão dos
fiéis, era a questão do relacionamento de Jesus Cristo com Deus Pai
ou com o único Deus (revelado no Antigo Testamento): seria Jesus
realmente Deus ou apenas criatura?&&
Após correntes que concebiam Jesus como inferior ao Pai, o
presbítero Ario de Alexandria em 312 começou a ensinar que o Logos
(ou o Filho) era, como criatura, subordinado ao Pai; daí os nomes de
sua escola: arianismo ou subordinacionismo.
O Imperador Constantino, que concedera a paz aos cristãos
mediante o Edito de Milão em 313, quis contribuir para a solução da
controvérsia teológica assim originada, convocando um Concílio
universal para Nicéia (Ásia Menor) em 325. O Papa S. Silvestre, idoso
como era, fez-se representar na assembléia, dando-lhe a autoridade
legítima. Os padres conciliares, após acalorados debates.
1) definiram que o Filho de Deus é consubstancial
(homoousious) ao Pai - o que significa que não é criado, mas
compartilha a essência do Pai (ou a Divindade). Esta verdade foi
expressa no Símbolo de Nicéia;
2) fixaram a data de Páscoa, que seria celebrada no primeiro
domingo após a primeira lua cheia da Primavera;
3) estabeleceram a ordem de dignidade dos Patriarcados:
Roma, Alexandria, Antioquia, Jerusalém.
O Papa S. Silvestre confirmou as decisões do Concílio.

2 - Concílio de Constantinopla I (381)

Após a controvérsia sobre a divindade do Logos, os cristãos se
voltaram para a do Espírito Santo: houve quem professasse ser o
Espírito Santo mera criatura. O arauto principal desta tese foi
Macedônio, bispo de Constantinopla; donde o nome de Macedonismo
ou Pneumatomaquismo que Ihe foi dado. O lmperador Teodósio
(379-395), zeloso da reta fé, houve por bem convocar novo Concílio
Ecumênico desta vez para Constantinopla. Esta assembléia reuniu-se
de maio a julho de 381. Firmou três decisões principais:
1) O Espírito Santo é Deus, da mesma substância que o Pai e o
Filho. Em conseqüência, o Símbolo de fé Niceno foi completado com
as palavras:
“Cremos no Espírito Santo, Senhor e fonte de vida, que
procede do Pai, que é adorado e glorificado com o Pai e o Filho e
que falou pelos Profetas”.
2) Foram condenados todos os defensores do arianismo sob
qualquer das suas modalidades.


3) A sede de Constantinopla ou Bizâncio foi atribuída uma
preeminência sobre as demais logo após a de Roma, pois Bizâncio
era considerada “a segunda Roma”.
O Concílio de Constantinopla I não contou com a presença do
Papa ou de algum legado deste. Todavia foi reconhecido
explicitamente pela Sé de Roma a partir do século VI, no que
concerne às suas proposições de fé (divindade do Filho e do Espírito
Santo).

3 - Concílio de Éfeso (431)

Após o estudo da SS. Trindade, os cristãos se detiveram sobre
Jesus Cristo: como poderia ser Deus e homem ao mesmo tempo?
Levando adiante idéias de autores anteriores, Nestório, bispo
de Constantinopla, pôs-se a combater o título Theotokos, Mãe de
Deus, que os cristãos desde o século III atribuíam a Maria SS... Tal
título significava que em Jesus havia uma só pessoa - a divina -, que,
além de possuir tudo o que Deus possui, dispunha de verdadeira
natureza humana. Para Nestório, a humanidade de Jesus seria
apenas o templo ou a revestimento do Filho de Deus; a divindade teria
passado par Maria, mas não nascera de Maria, a que implicava uma
pessoa humana em Jesus distinta da segunda pessoa da SS.
Trindade. Tal doutrina causou celeuma entre as cristãos, de modo que
a lmperador Teodósio II (408-450) convocou um Concílio Ecumênico a
se realizar em Éfeso (Ásia Menor) de junho a setembro de 431. O
Papa S. Celestino I (422-432) fez se representar par S. Cirilo de
Alexandria. O Concílio de Éfeso:
1) condenou e depôs Nestório, rejeitando a sua doutrina. Não
elaborou fórmula de fé, mas aprovou a segunda carta de S. Cirilo a
Nestório;
2) condenou a pelagianismo (doutrina excessivamente otimista
no tocante a natureza humana) e o messalianismo (corrente de
espiritualidade que apregoava a total apatia ou uma Moral
indiferentista).
O Papa S. Celestino I confirmou as decisões do Concílio de
Éfeso.

4 - Concílio de Calcedônia (451)

O pensamento teológico, tendo superado a Nestorianismo (que
cindia Jesus Cristo, atribuindo-lhe dois eu ou duas pessoas) esteve
sujeito a movimento pendular. A tese de ortodoxia, que rejeitava a
dualidade de pessoas, foi exageradamente enfatizada no chamado
“monofisismo” ou “monofisitismo”. Com efeito, Eutiques de
Constantinopla, adversário de Nestório e seguidor de S. Cirilo,
ultrapassou o seu mestre, ensinando o seguinte: em Cristo, não havia
apenas uma só pessoa (um só eu), mas havia também uma só
natureza, visto que a natureza divina absorvera a humana.
Tal posição suscitou ardente controvérsia, pois se lhe opunham
Teodoreto de Ciro, Domno de Antioquia e a próprio Papa Leão I (440-
461).


O Imperador Marciano (450-457) convocou então um Concílio
Ecumênico para Éfeso, o qual, iniciado nesta cidade, foi transferido
para Calcedônia (junto a Constantinopla); durou de 8 de outubro a
novembro de 451. São Leão Magno, Papa, enviou seus legados,
assim como uma carta que definia a doutrina ortodoxa: em Cristo há
uma só pessoa, mas duas naturezas (a divina e a humana) não
confundidas entre si. Tal doutrina foi aclamada pelos padres
conciliares, que condenaram Eutiques e a monofisismo aos 25/10/451.
O Concílio de Calcedônia também se voltou para questões
disciplinares, condenando a simonia, os casamentos mistos e
proibindo as ordenações absolutas (isto é, realizadas sem que o novo
clérigo tivesse determinada função pastoral).
Em seu famoso cânon 28, a Concílio reconheceu a Sé de
Constantinopla, a cidade imperial, os mesmos privilégios que à de
Roma. O Papa S. Leão Magno recusou-se a aprovar este cânon, visto
que Roma é a sede dos Apóstolos Pedro e Paulo, ao passo que
Constantinopla não foi sede de Apóstolo, mas derivava sua
importância do simples fato de ser sede do lmperador.


5 - Concílio de Constantinopla II (553)

O Concílio de Calcedônia não conseguiu pôr termo às
controvérsias cristológicas. Em 527 subiu ao trono imperial de
Bizâncio Justiniano I, que muito se interessava por assuntos
teológicos; em conseqüência, julgou que serviria a causa da verdade e
da Igreja se condenasse três autores do Século V tidos como
nestorianos: Teodoro de Mopsuéstia, Teodoreto de Ciro e Ibas de
Edessa. Originou-se assim a controvérsia dos Três Capítulos, visto
que os bispos orientais e ocidentais assumiram atitudes diversas
diante da posição de Justiniano. Este constrangeu o Papa Vigílio a ir
de Roma a Constantinopla para apoiar o Imperador. Finalmente
Justiniano resolveu convocar um Concílio Ecumênico para dirimir a
controvérsia. Este, reunido em Constantinopla de 5/05 a 2/06/553,
condenou os Três Capítulos. O Papa Vigílio aprovou tal condenação
depois de proclamada pelo Concílio, dando assim foros de
legitimidade tanto ao Concílio de Constantinopla II quanto ao seu
decreto condenatório.
O Papa S. Gregório I, em 591, confirmou o mencionado
Concílio, que foi fortemente agitado par causa da indevida ingerência
do lmperador.













6 - Concílio de Constantinopla III (680/1)

O monofisitismo, que não se extinguiu após a Concílio de
Calcedônia, assumiu nova forma (assaz sutil) chamada
monotelitismo. Este ensinava que em Cristo havia uma só vontade (a
divina) e um só princípio de atividade ou energia (o divino) - o que
redundaria em unidade de natureza ou monofisismo. O protagonista
desta tese era a Patriarca Sérgio de Constantinopla, ao qual se
opunha Sofrônio de Jerusalém. A disputa suscitou, da parte do
lmperador Constantino IV Pogonato (668-685), a convocação de
bispos, inclusive legados papais, para Constantinopla; assim teve
origem mais um Concílio Ecumênico (7/11/680 a 16/09/681). O
monotelitismo foi então condenado e afirmou-se a existência, em
Cristo, de duas vontades (a divina e a humana) moralmente unidas
entre si, e de dois princípios de atividade.
Os Papas S. Agatão (678-681) e São Leão II (682-683)
confirmaram as sentenças do Concílio.

7 - Concílio de Nicéia II (787)

O Concílio de Constantinopla III encerrou a série de
controvérsias teológicas sobre Jesus Cristo, sua Divindade e sua
humanidade; os pontos essenciais referentes à SS. Trindade e à
Encarnação do Filho estavam definidos. Todavia os teólogos não
cessaram de estudar as verdades da fé. Novo motivo de disputas veio
a ser o uso de imagens nas igrejas, dando ocasião à controvérsia
iconoclasta.
Desde os primeiros séculos os cristãos costumavam pintar e
esculpir as figuras de Cristo a dos santos, não a fim de adorá-las, mas
no intuito de melhor poder voltar sua atenção para o Senhor a seus
irmãos mártires ou confessores da fé. Todavia, sob a influência do
judaísmo a do islamismo, houve cristãos no século VIII que se
puseram a combater o uso das imagens; os lmperadores Leão III o
Isáurico (717-741), Constantino V Coprônimo (741-775), Leão IV (775-
780) favoreceram o iconoclasmo. O principal defensor das imagens foi
São João Damasceno (†749), que, juntamente com outros cristãos,
padeceu árdua perseguição por causa de sua fidelidade à Tradição
cristã. Morto Leão IV, a rainha-mãe regente, que patrocinava o culto
das imagens, resolveu, de comum acordo com o Papa Adriano I. (772-
795), convocar um Concílio Ecumênico para Nicéia. Este realizou-se
de 24/09 a 23/10/787; foi então lida a carta do Papa ao Patriarca
Tarásio de Constantinopla e a Irene em favor das imagens; o Concílio
declarou outrossim que reconhecia a intercessão de Maria, dos anjos
e dos Santos, assim como o culto da Cruz e das imagens; tal culto
seria relativo ao Senhor Jesus e aos santos, de modo tal que ao
primeiro (Jesus Cristo) se prestaria adoração e aos santos
veneração.
Após o Concílio, a luta ainda continuou salientando-se então o
patriarca Nicéforo de Constantinopla e o monge Teodoro Studita como
defensores das imagens.
No Ocidente o Imperador Carlos Magno (800-814) mostrou-se
propício ao iconoclasmo, o que não teve graves conseqüências na
vida do povo cristão.

8 - Concílio de Constantinopla IV (869/870)

A exposição até aqui mostra como os cristãos orientais eram
propensos a discussões teológicas, As vezes de índole sutil. Tais
controvérsias punham não raro o Oriente em confronto com o
Ocidente, especialmente com a sé de Roma, onde havia menos
acume dialético.
As tensões foram, a partir de 859, alimentadas pela atitude do
patriarca Fócio de Constantinopla. Este em 867 reuniu um Sínodo em
Constantinopla, que, sob a inspiração de Fócio, proferiu a condenação
da Sé de Roma. Então o Papa Adriano II (867-872) e o lmperador
Basílio I (867-886) entenderam-se sobre a convocação de um Concílio
Ecumênico, que teve lugar em Constantinopla de 5/10/869 a
28/02/870; os padres conciliares assinaram um documento que
prescrevia a todos a Submissão à Igreja de Roma, “na qual a fé
sempre se conservou sem mancha”. Fócio foi condenado por fomentar
o cisma. O Concílio reafirmou outrossim a ordem de precedência das
cátedras patriarcais: Roma, Constantinopla, Alexandria, Antioquia,
Jerusalém.
O culto das imagens foi confirmado.
O Papa Adriano II aprovou as decisões do Concílio.

9 - Concílio do Latrão I (1123)

Com o Concílio de Constantinopla IV termina a Série dos
Concílios Ecumênicos realizados, no Oriente. Em 1054 deu-se o cisma
de Constantinopla, que perdura até hoje (excetuados breves períodos
de reatamento). De então por diante, os Concílios Ecumênicos serão
todos celebrados no Ocidente.
Nos Séculos X e XI, a Igreja latina sofreu do mal da ingerência
do poder político na distribuição dos bispados; os Imperadores e os
senhores feudais queriam nomear os prelados de acordo com os seus
interesses políticos, praticando assim o que se chama “a investidura
leiga”; A autoridade eclesiástica tocaria apenas dar a ordem sacra ao
candidato designado exclusivamente pelo poder civil. Como se
compreende, desta prática resultavam bispos sem vocação pastoral e,
conseqüentemente, o clero se ressentia. de relaxamento da respectiva
disciplina; havia outrossim simonia, e nicolaísmo. Em Roma, a própria
cátedra de Pedro era cobiçada pelas famílias nobres da cidade e das
redondezas, que tentavam impor-lhe os seus favoritos.
Com o Papa Gregório VII (1073-85) começou a forte réplica da
Igreja a tal situação ou a luta do sacerdócio e do Império, que
redundaria em fortalecimento do Papado. Em 1122 o Papa Calixto II
(1119-1124) e o lmperador Henrique V assinaram a Concordata de
Worms, que assegurava à igreja plena liberdade na escolha e
ordenação de seus bispos.

Tal resultado foi promulgado pelo Concílio do Latrão I, convocado pelo Papa Calixto II para Roma e celebrado de 18/03 a 16/04/1123 por cerca de trezentos bispos e abades.
Os cânones definidos pelo Concílio versavam todos sobre a
disciplina eclesiástica. Com efeito, voltaram-se contra a simonia, o
nicolaísmo e proibiram a ordenação de bispos que não tivessem sido
escolhidos canonicamente.
Em particular no tocante ao celibato sacerdotal, note-se que
desde os primeiros séculos foi abraçado espontaneamente pelos
clérigos; o Concílio de Elvira (Espanha), por volta de 306, foi o
primeiro a promulgar tal praxe em âmbito regional; no decorrer dos
séculos, subseqüentes Concílios regionais confirmaram o celibato dos
clérigos. O Concílio do Latrão I não criou a lei do celibato, mas apenas
corroborou a legislação vigente nas diversas regiões da lgreja, usando
os seguintes termos:
“Proibimos expressamente aos presbíteros, diáconos e
subdiáconos viver com concubinas e esposas como coabitar com
outras mulheres, excetuam-se apenas aquelas com as quais o
Concílio de Nicéia permitiu habitar unicamente por motivo de
necessidade, a saber: mãe, irmã, tia paterna e outras a respeito
das quais não pode haver suspeita”.
As decisões do Concílio do Latrão I foram confirmadas pelo
Papa Calixto II.

10 - Concílio do Latrão II (1139)

Este dista do anterior apenas dezesseis anos. Foi convocado
pelo Papa lnocêncio II (1130-1143) para reafirmar a unidade e a
disciplina da Igreja após o cisma do antipapa Anacleto II. Na verdade,
em 1130, quando morreu o Papa Honório II, foi eleito o Papa legítimo
Inocêncio II; todavia uma facção elegeu ilegitimamente Pedro de Leão
como antipapa Anacleto II. Este conseguiu prevalecer em Roma - o
que levou lnocêncio II a deixar a cidade eterna. São Bernardo, tendo
reconhecido lnocêncio como Pontífice legítimo, moveu reis, nobres e
todo o povo de Deus a apoiarem o Papa. Este conseguiu voltar a
Roma em 1133; finalmente, Anacleto faleceu aos 25/01/1138. Foi
então que lnocêncio, desejoso de consolidar a unidade da Igreja,
reuniu mais de quinhentos bispos e abades no Concílio do Latrão II,
de 4 a 30/04/1139. Esta assembléia corroborou os cânones dos
Concílios regionais anteriores, proibindo a simonia e o nicolaísmo; aos
clérigos vetou outrossim o exercício da medicina e da advocacia.
Rejeitou a usura ou os juros; quem cedesse a esta prática, seria tido
como infame.
Os decretos do Concílio foram confirmados por Inocêncio II.



11 - Concílio do Latrão III (1179)

A luta da lgreja medieval contra os lmperadores, de um lado, e
contra males internos, de outro lado, prosseguiu mesmo após os
Conciliares anteriores.
Alexandre III teve um pontificado longo (de 1159 a 1181),
durante o qual quatro antipapas se sucederam por instigação dos
lmperadores germânicos, especialmente de Frederico I Barbarroxa
(1152-1190). Eram Vítor IV (1159-64), Pascoal III (1164-68), Calixto III
(1168-78), Inocêncio III (1178-80). Durante o mesmo pontificado
agravou-se o movimento dos Cátaros ou albigenses, hereges
dualistas, que assolavam regiões do Norte da Itália e do Sul da
França.
No final do seu pontificado Alexandre III quis reunir um Concílio
Ecumênico para tomar as providências exigidas pelas circunstâncias.
Tal assembléia se reuniu na basílica do Latrão de 5 a 19 de março de
1179. Entre outras medidas promulgadas então, destacam-se:
A - a regulamentação das eleições papais; doravante seriam
exigidos 2/3 dos votos, ficando excluído qualquer recurso a
autoridades leigas para dirimir dúvidas oriundas no processo eleitoral;
B - rejeição do acúmulo de benefícios ou funções dentro da
Igreja por parte de uma só pessoa;
C - recomendação da disciplina da Regra aos monges e aos
cavaleiros regulares, que interferiam indevidamente no governo da
Igreja;
D - promoção e organização do ensino, em favor de
estudantes que não pudessem pagar seus mestres;
E - condenação das heresias da época, que tinham um fundo
dualista (catarismo) ou de pobreza mal entendida (a Pattária, o
movimento dos Pobres de Lião ou Valdenses).
O Papa Alexandre Ill, confirmou as decisões do Concílio.

12 - Concílio do Latrão IV (1215)

O pontificado de lnocêncio III (1198-1216) representa o apogeu
do prestígio papal em toda a história da Igreja.
Ao termo da sua gestão, marcada, entre outras coisas, pelo
surto das Ordens mendicantes, pelo combate aos albigenses, pela
intervenção em questões da lgreja da lnglaterra. Inocêncio III quis
reunir um Concílio Ecumênico. Convocado desde 19/04/1213 para
abrir-se a 19/11/1215, o Concílio teve sua primeira sessão aos
11/11/1215, com a presença de 412 bispos, 800 abades e Superiores
de Ordens Religiosas, embaixadores de reis e nobres, que perfaziam
uma bela imagem da grandeza da Igreja governada por Inocêncio.



O Concílio decretou:
1- a condenação dos albigenses e valdenses, assim como a dos
erros de Joaquim de Fiore, que esperava o fim do mundo para breve,
apoiando-se em falsa exegese bíblica; o Concílio professou a
existência dos demônios como sendo anjos bons que abusaram do
seu livre arbítrio pecando;
2 - a realização de mais uma cruzada para libertar o Santo
Sepulcro de Cristo, que se achava nas mãos dos muçulmanos;
3 - a profissão de fé na Eucaristia, tendo sido então usada a
palavra “transubstanciação”;
4 - a obrigação da confissão e da comunhão anuais.
O Concílio legislou ainda sobre vários pontos da disciplina e da
Liturgia da lgreja, abrangendo ampla área da vida eclesial. Aprovado
pelo Papa lnocêncio III, é o mais importante dos Concílios antes do de
Trento.







13 - Concílio de Lião I (1245)

Ao grande Papa Inocêncio III sucederam-se Honório III (1216-
1227), Gregório IX (1227-1241), Celestino IV (1241), lnocêncio IV
(1243-1254). Este período foi, sem dúvida, glorioso para o Papado,
mas caracterizou-se pela recrudescência da luta entre o Sacerdócio e
o lmpério. Na Alemanha, o lmperador Frederico II (1215-50) foi pessoa
marcante; afilhado do Papa Inocêncio III, teve uma Corte de soberano
oriental ou sultão, dada ao luxo desenfreado e um tanto recoberta pelo
véu do mistério.
Inocêncio IV, sentindo-se inseguro em Roma, transferiu sua
resistência para Lião na França, onde poderia contar com a tutela do
rei São Luís IX. Lá o Papa quis reunir os bispos da Igreja universal
para considerar o procedimento do Imperador, as invasões dos árabes
e dos mongóis no Oriente e a reunião dos cristãos gregos com os
latinos. O Concílio durou de 28/06 a 17/07/1245, limitando-se quase
unicamente a ouvir o depoimento de Tadeu de Suessa, delegado do
lmperador; após o que o monarca foi excomungado.



14 - Concílio de Lião II (1274)

Após Frederico II a luta entre o Sacerdócio e o Império declinou
- o que levou Gregório X (1271-1276), um santo Pontífice, a procurar o
reatamento de cristãos bizantinos e ocidentais. Para tanto, escreveu
ao Imperador Miguel VIII o Paleólogo, de Constantinopla, mostrandolhe
que a reunião de todos os cristãos fortalecidos fortaleceria a
presença dos mesmos no Oriente. O lmperador Miguel mostrou-se
disposto a aceitar a união com Roma, apesar dos protestos de
dignitários da Corte bizantina. Por isto, enviou legados a Lião, aonde o
Papa convocara todos os bispos da lgreja. O Concílio durou de 7/05 a
17/07/1274. Conseguiu realmente a reunião de latinos e bizantinos
sob o primado do Papa.
A fim de evitar as constantes intervenções políticas de
Imperadores e nobres na eleição dos Papas, o Concílio promulgou
novas medidas para garantir a liberdade dos eleitores, entre as quais a
prescrição de permanecerem em local fechado a chave ou conclave.
O Papa Gregório X abriu e encerrou o Concílio dando plena
aprovação aos seus atos.

15 - Concílio de Viena-França(1311-12)

O Papa Clemente V (1305-1314) teve que enfrentar o rei da
França Filipe IV o Belo, que representava, na época, o surto do
absolutismo dos monarcas independentes do Sacro Império Romano.
O rei cobiçava os bons da Ordem dos Templários. Esta era
constituída por cavaleiros que, mediante votos religiosos, se
consagravam a Deus a se comprometiam a defender os peregrinos de
Terra Santa. No fim do século XIII os Templários haviam perdido a sua
finalidade específica de cavaleiros; enriquecidos por doações,
começaram a provocar a ambição do rei. Este então pôs-se a
pressionar o Papa, levando-lhe acusações contra os Templários, a fim
de obter a extinção da Ordem.
Clemente V, não querendo assumir a sós a responsabilidade de tal atitude, convocou para 16 de outubro de
1311 o Concílio Ecumênico de Viena (França); o local se deve ao fato
de que os Papas residiam em Avinhão desde 1305. - A assembléia se
reuniu até 6/05/1312. Acabou cedendo as instâncias de situação
criada pelo rei, declarando supressa a Ordem dos Templários.
Estiveram na pauta conciliar também os Franciscanos, dos quais uma
corrente, dita “dos Espirituais”, alimentava idéias exageradas ou
mesmo heréticas sobre a maneira de viver a pobreza. O franciscano
Pedro Olivi foi outrossim condenado por sua doutrina, que admitia no
ser humano elementos intermediários entre a alma e o corpo.
O Papa Clemente V confirmou as decisões do Concílio.










































16 - Concílio de Constança (1417) ,

A crescente ingerência da França na história do Papado levou
não somente ao exílio de Avinhão (1305-1378), já mencionado
anteriormente, mas também ao Grande Cisma do Ocidente. Com
efeito, quando o Papado voltou a fixar residência em Roma no ano de
1378, o primeiro conclave realizado na Cidade Eterna elegeu o Papa
Urbano VI (1378-89), ao qual um grupo de Cardeais, influenciado pelo
rei da França, opôs o antipapa Clemente VII (1378-94), que ocupou a
sede de Avinhão. Houve então, daí por diante, duas obediências na
lgreja: a de Roma, autêntica, e a de Avinhão, espúria. Desejosos de
remediar a este mal, vários Cardeais e bispos se reuniram em Pisa
num “pseudo-Concílio Ecumênico” de 1409; declararam depostos o
Papa e o antipapa a elegeram Alexandre V, que se tornou o segundo
antipapa, com sede em Pisa.
A situação perplexa assim oriunda foi superada aos poucos
pela intervenção do lmperador Sigismundo (1410-37). Este resolveu
convocar um Concílio para Constança em 1414. Tal assembléia não
era legítima, pois se reunia sem a aquiescência do Papa ou do bispo
de Roma; os bispos e teólogos reunidos começaram por afirmar o
conciliarismo ou declarar (ilegitimamente) a supremacia do Concílio
Ecumênico sobre. o Papa, de tal modo que o Romano Pontífice
deveria submeter-se às decisões do Concílio. Em conseqüência,
depuseram o antipapa João XXIII. Quanto a Gregório XII, o Papa
legítimo, resolveu convocar os Padres Sinodais reunidos em
Constança, para que doravante pudessem constituir autêntico Concílio
Ecumênico; tendo os referidos bispos aceito o mandato, Gregório XII
renunciou as funções papais, de modo que a cátedra de Pedro ficou
vacante. Por sua vez, Bento XIII, o antipapa residente na Catalunha,
foi deposto pelo Concílio. Estava assim aberta a via para a legítima
eleição do sucessor de Gregório XII. O novo Papa foi finalmente
escolhido aos 11/11/1417 com o nome de Martinho V.
O Concílio de Constança só se tornou legítimo a partir de sua
36a. sessão, ou seja, depois que Gregório XII lhe conferiu autoridade
para agir. Donde se vê que a apologia de conciliarismo feita
anteriormente não tem valor teológico ou jurídico. Após a eleição de
Martinho V, os padres conciliares ainda condenaram a doutrina de
João Wiclef, João Hus e Jerônimo de Praga, que eram precursores de
Lutero. Tomaram medidas relativas à disciplina do clero a estipularam
que periodicamente se realizariam Concílios Ecumênicos para atender
ao governo de Igreja.













17 - Concílio de Ferrara-Florença (1438-1445)

Martinho V, desejoso, de continuar a obra dos Concílios
anteriores, convocou um Concílio Ecumênico para Basiléia (Suíça) em
1431. Eis, porém, que os padres em Basiléia reafirmaram o
conciliarismo, rejeitado anteriormente - o que provocou conflitos entre
a assembléia de Basiléia e o sucessor de Martinho V, que era Eugênio
IV. Em conseqüência, este Papa resolveu dissolver o Concílio de
Basiléia e convocar outro para Ferrara em 1438; esta assembléia teria
por principal objetivo promover a reunião de gregos e latinos.
O Concílio de Ferrara, aberto aos 10/01/1438, contou com a
presença do lmperador bizantino João o Paleólogo e de sua comitiva.
Desabonou as resoluções do Concílio de Basiléia. A peste tendo
surgido em Ferrara, o Papa Eugênio IV transferiu a assembléia para
Florença. O tema principal dos estudos foi a extinção do cisma: após
prolongadas conversações, os conciliares puseram-se de acordo
sobre os pontos teológicos e disciplinares controvertidos, assinando a
Bula Laetentur caeli de 06/07/1439. Também voltaram à unidade da
lgreja cristãos monofisitas (coptas, etíopes a armênios).
Em fins de 1442, já tendo partido os gregos, o Papa transferiu o
Concílio para Roma. Neste cidade, ainda voltaram a unidade da lgreja
os monofisitas da Mesopotâmia, alguns grupos de nestorianos
(caldeus) e de maronitas (monotelistas) da ilha de Chipre.
Infelizmente, a união com Bizâncio foi efêmera, pois os
prelados do Patriarcado de Constantinopla se recusaram a aceitá-la.

18 - Concílio do Latrão V (1512-1517)

A vida da Igreja, após o Concílio de Ferrara-Florença, viu-se
agitada por causas de diversas: persistência de correntes
conciliaristas, que eram fomentadas pelos monarcas desejosos de
criar lgrejas nacionais independentes de Roma..., além do que, havia
necessidade de sérias medidas disciplinares.
Diante disto, o Papa Júlio II convocou mais um Concílio
Ecumênico que foi inaugurado aos 03/05/1512 e só se encerrou aos
16/03/1517 sob o pontificado do Papa Leão X. Condenou a
Pragmática Sanção de Bourges, declaração que favorecia a criação
de uma Igreja Nacional de França. Com isto o conciliarismo foi mais
uma vez rejeitado. Em lugar de tal documento, a Santa Sé e a França
assinaram uma Concordata que regulamentava as relações entre os
dois Estados. No setor doutrinal, o Concílio tomou posição de grande
importância, condenando a tese segundo a qual a alma humana é
mortal e uma só para todos os homens; tal tese, segundo o seu autor
Pietro Pomponazzi, seria verídica no plano filosófico, ainda que falsa
no plano teológico. - Foram outrossim tomadas medidas disciplinares
relativas ao clero (seus estudos a sua formação) e a pregação; exigiuse
o Imprimatur para livros que versassem sobre fé ou teologia; seria
queimado todo livro não munido de devida permissão.
Infelizmente, as resoluções do Concílio, oportunas como eram,
não encontraram eco nos diversos países católicos, pois o clima da
época, bafejado por cultura pagã, dificultava uma séria e profunda
conversão dos cristãos. Como quer que seja, o Concílio do Latrão V
preparou a grande Reforma da lgreja, promulgada pelo de Trento.


19. Concílio de Trento (1545-47, 1551-52, 1562-63)

Este foi o mais importante Concílio de toda a história,
importância esta que se explica pela problemática que enfrentou (a
Reforma protestante) e as soluções que adotou.
Pouco depois de lançar o seu brado de protesto contra a lgreja
em 1517, Lutero apelou para a realização de um Concílio Ecumênico
que considerasse os pontos por ele lançados em rosto à Igreja.
Todavia este apelo só começou a encontrar resposta sob o
pontificado de Paulo III (1550-55). As razões do adiamento eram
várias: o Papa Leão X não deu grande importância ao gesto de Lutero;
além disto, havia certa resistência, de parte dos clérigos, a uma
reforma dos costumes na Igreja; ademais a situação geral da Europa
era de agitação política.
Foi precisamente a agitação religiosa e política da Europa que
cindiu a realização do Concílio em três etapas na cidade de Trento:
A primeira fase (1545-47) definiu mais uma vez o cânon das S.
Escrituras a declarou a Vulgata latina isenta de erros teológicos.
Abordou as questões discutidas sobre o pecado original, a justificação,
os sacramentos, a residência dos bispos nas respectivas dioceses. A
peste tendo começado a grassar em Trento, o Papa transferiu o
Concílio para Bolonha. O Imperador Carlos V tendo-se oposto a esta
determinação, foi necessário suspender o Concílio.
A segunda fase continuou em Trento (1551-52) sob o Papa
Júlio III (1550-55). Promulgou longa exposição a cânones sobre a
Eucaristia (presença real, transubstanciação, culto ... ). Algo de
semelhante ocorreu no tocante ao Sacramento da Penitência
(necessidade, partes essenciais, satisfação) e a Unção dos Enfermos
(origem, efeitos, ministro, sujeito...). O Concílio, aos 28/04/1552, foi
mais uma vez suspenso por motivo de pressões políticas.



O Papa Pio IV (1559-1565) reabriu o Concílio aos 18/01/1562.
Esta terceira fase reafirmou as verdades referentes ao S. Sacrifício da
Missa, aos sacramentos da Ordem, do Matrimônio, ao purgatório, e
invocação dos santos, as imagens e as indulgências. Promulgou
também resoluções a respeito dos Religiosos e das monjas.
Pela Bula Benedictus Deus (26/01/1564) Pio IV confirmou
todos os textos conciliares, dando por encerrado o Concílio que havia
de marcar profundamente o catolicismo dos tempos modernos.

20 - Concílio do Vaticano I (1869-70)

Após o Concílio de Trento, a tendência ao esfacelamento dos
valores de ldade Média mais a mais se fez sentir. A Revolução
Francesa (1789) significou o brado de razão e do nacionalismo contra
a fé. Seguiu-se-lhe o século XIX, que foi marcado pelo materialismo e
o ateísmo fora de Igreja, e dentro da lgreja pelos ecos das tendências
conciliaristas e do separatismo, que solapavam a autoridade papal e a
unidade da lgreja. Foram estes fatores que induziram o Papa Pio IX
(1846-78), aconselhado por eminentes figuras do episcopado e do
laicato católicos, a convocar o 20º Concílio Ecumênico para o
Vaticano. A grande assembléia de 764 padres conciliares se reuniu de
8/12/1869 a 20/10/1870, tendo por objetivo fazer frente ao
racionalismo do século XX, como o Concílio de Trento fizera frente ao
protestantismo do século XVI.
Infelizmente o Concílio foi suspenso (não encerrado, porém)
prematuramente por causa do início da guerra franco-alemã em
setembro de 1870. Promulgou, porém, duas Constituições Dogmáticas
de real importância:
- uma, a Dei Filius, sobre a fé católica ensina que Deus se
revela através da criação como também através de Jesus Cristo; por
conseguinte, pode ser reconhecido tanto pela razão como pela fé, as
quais não podem estar em desacordo entre si;
- a outra, a Pastor Aeternus, referente a Igreja, definiu a
infalibilidade do Pontífice Romano quando fala ex cathedra sobre
assuntos de fé e de Moral.
O Concílio trataria também dos bispos e dos demais membros
da lgreja se não tivesse sido interrompido abruptamente. Tal tarefa
haveria de ser a do Concílio do Vaticano II.

21 - Concílio do Vaticano II (1962-65)

Como dito, o Concílio do Vaticano I ficou incompleto, deixando
em suspensão diversas questões teológicas e pastorais.
Os Papas desde São Pio X (1903-14) pensaram em reativar os
trabalhos do Concílio: todavia as circunstâncias não favoreciam tarefa
de tal envergadura. Foi a coragem do idoso Papa João XXIII (1958-63)
que convocou o 21º Concílio Ecumênico da história aos 25/01/1961.
Este certame foi inaugurado aos 11/10/1962 sob João XXIII, e
encerrado aos 7/12/1965, sob o Papa Paulo VI. Tinha em mira, de
modo geral, realizar o aggiornamento ou a atualização da lgreja
numa época em que os costumes e as mentalidades evoluem com
rapidez surpreendente. O alcance deste Concílio foi enorme: sem
perder o contato com a Tradição, os padres conciliares promulgaram
dezesseis documentos (Constituições, Decretos, Declarações), que
levaram em consideração os principais temas que se impunham à
reflexão da Igreja. O Concílio teve índole eminentemente pastoral, isto
é, visou a vida cristã e a sua disciplina, em vez de se voltar para
definições de fé ou de Moral. A abertura equilibrada dos documentos
conciliares pode ser percebida em seus traços marcantes:
- renovação da Liturgia, que deveria ser celebrada em estilo
mais comunitário e acessível aos fiéis;
- reafirmação da lgreja como Sacramento, estruturado por
Pedro e a hierarquia, sem deixar de responsabilizar, na medida
precisa, todo o povo de Deus;
- abertura para os demais cristãos (protestantes, ortodoxos e
outros) que não se acham em plena comunhão com a Igreja de Cristo
entregue a Pedro a seus sucessores;
- declaração sobre as religiões não cristãs, nas quais os
padres conciliares realçaram a existência de elementos positivos;
- declaração sobre a liberdade religiosa, que significa o direito,
inerente a todo homem, de formar livremente a sua consciência diante
de Deus e da fé;
- tomada de posição da Igreja frente as diversas facetas que o
mundo de hoje Ihe apresenta: família, comunidade política, economia,
cultural, paz e guerra...
Em síntese, pode-se dizer que o Concílio do Vaticano II foi uma
das mais significativas realizações da lgreja nos tempos modernos,
portadora de amplas conseqüências (das quais algumas foram menos
felizes em virtude de falsa compreensão dos textos e da mente dos
padres conciliares).


CONCLUSÃO

Quatro observações parecem oportunas à margem da história
dos Concílios:
1) Os Concílios refletem nitidamente a história da Igreja a seus
embates. Foram solenes assembléias em que a Igreja
comunitariamente se voltou para os desafios que a caminhada através
dos tempos Ihe suscitava. As decisões dos Concílios, por isto, hão de
ser lidas e compreendidas sempre à luz do respectivo contexto
histórico,
2) Os primeiros Concílios eram convocados pelos Imperadores
e não pelo bispo de Roma ou o Papa. A lgreja, em seus primeiros
séculos, embora fosse confiada a Pedro, não podia ter governo tão
centralizado como o teve a partir da Idade Média, visto que as
comunicações eram outrora difíceis entre Oriente e Ocidente.
Contudo, para que as definições dos Concílios tivessem autoridade, foi
sempre necessário que o bispo de Roma as aprovasse e confirmasse.
Nenhum Concílio tem poder de decisão sem a participação e o apoio
do Papa, ainda que esta aprovação Ihe seja dada depois de realizado
o Concílio.
3) A teoria conciliarista, que pretendia estabelecer os Concílios
acima dos Papas, não representava o pensamento tradicional da
lgreja e, por isto, não prevaleceu.- Violava o conceito de Igreja,
sacramento e dom de Deus, em favor da concepção de Igreja,
sociedade meramente humana ou “república”.
4) Quem estuda a história dos Concílios (infelizmente a que vai
proposta nestas páginas, teve de ser resumida ao extremo), tem a
ocasião de reconhecer a ação de Deus entre os homens. A Igreja
subsiste até hoje não por causa dos valores dos homens que a
integram (estes valores existiram e existem, sem dúvida! ), mas por
causa da presença eficaz de Deus que a sustenta através dos
séculos.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

VEJA A EVOLUÇÃO DAS RELIGIÕES EM:

http://www.mapsofwar.com/ind/history-of-religion.html

Apresentação

Este material visa apoio o estudante de Teologia para as matérias de Pentateuco, Livros Históricos e Livros Poéticos, portanto um material sucinto e introdutório. Para maior contextualização recomendo livros como:

Conheça melhor o Antigo Testamento- Autor: Stanley Ellisen- Você é capaz de responder rapidamente às questões abaixo?
• Por que Deuteronômio foi considerado o livro favorito de Jesus?
• Por que os judeus têm o livro de Ester na mais alta estima, considerando-o inferior apenas aos livros de Moisés? E por que Lutero o considerou exatamente o contrário?
• Por que o livro de Isaías tem sido chamado "miniatura da Bíblia", bem como "quinto Evangelho"?
• Por que Zacarias é considerado o livro mais misterioso do Antigo Testamento?
Se ainda não sabe todas as respostas, basta percorrer as páginas deste best-seller didático e esclarecedor. Uma obra singular que vai ajudar você a conhecer o Antigo Testamento por meio de gráficos e esboços de fácil compreensão.

Merece confiança o Antigo Testamento?- Autor Gleason L. Archer Jr.
Proporciona uma visão abrangente do Antigo Testamento. Cada livro é visto em seu propósito, tema, autoria, data e outros aspectos importantes. O Antigo Testamento é defendido como autêntico. E principalmente a parte sobre a alta crítica é de grande utilidade na defesa da Bíblia como palavra inspirada.

Proposta:

Proponho a todos que façam uma leitura diária da Bíblia de Gênesis a Apocalipse faça um programa de leitura, pois só assim haverá nítida compreensão da história. Veja alguns pontos principais abaixo, na seqüência quando ler tente entender a seguinte divisão:

1° Surgimento do Universo 9° Período Monárquico
2° Criação do homem 10° Divisão das tribos
3° Período Anti-diluviano 11° Reino do Norte
4° Período Patriarcal 12° Reino do Sul
5° Império Egípcio 13° Dinastia do Sul - Davidica
6° Posse da terra de Canaã 15° Dinastia do Norte – 09 dinastias
7° Período Teocrático – Juízes 16° Império Assírio
8° Império Babilônico 17° Império Pérsico - e assim por diante

Faça um caderno de anotações, pois só de forma cronológica se terá sucesso na leitura bíblica.

Noções De Cronologia Bíblica



A cronologia Bíblica é quase toda incerta, aliás, toda a cronologia antiga. As datas eram contadas tomando-se por base eventos importantes da época, e isso dentro de cada povo. Não havia, é óbvio, uma base geral para cômputo do tempo.
Quanto à Bíblia, seus escritores não tinham preocupação com datas. Apenas registravam os fatos. As datas, quando mencionadas, tinham por base eventos particulares, como construção de cidades, coroação de reis, etc.
As descobertas arqueológicas e o estudo mourejante de dedicados eruditos no assunto vêm melhorando e precisando a cronologia em geral, inclusive a bíblica.
As datas que aparecem às margens de certas edições da Bíblia não pertencem ao texto original. Foram calculadas em 1650 pelo arcebispo anglicano Ussher (1580-1656.) É conhecida por Cronologia Aceita. A cronologia de Ussher vem enfrentando severa crítica. Há divergências quanto a muitas de suas datas, isso em face do progresso do estudo de assuntos orientais, através de contínuas pesquisas e descobertas arqueológicas. Quanto à Bíblia não se ocupar de um exato sistema de cronologia, lembremo-nos que ela é acima de tudo a revelação de Deus à humanidade, expondo o completo plano da redenção.
A. A utilidade da cronologia bíblica. Ela fornece pontos de referência na progressão da mensagem e fatos da Bíblia, situando-os no tempo.
B. Dificuldades no estudo da cronologia bíblica. Uma das dificuldades no estudo da cronologia bíblica está no próprio texto bíblico. Há, especialmente na época dos Juizes, do reino dividido, e dos profetas, muitos períodos coincidentes em parte, reinados associados, intervalos de anarquia, arredondamento de números, etc. Para a busca da solução dessas dificuldades é necessário um profundo exame dos textos envolvidos.
C. A era antes de Cristo (a Era AC.). A contagem do tempo que vai de Adão a Cristo é feita no sentido regressivo, isto é, o cômputo parte de Cristo para Adão, e não ao contrário. Noutras palavras, partindo de Adão para Cristo, os anos diminuem até chegarmos a 1 A.C. Portanto, de Cristo para Adão (o normal), os anos aumentam até chegarmos ao ano 4004 AC, tido como o da Criação adâmíca. É que Jesus é o centro de tudo. E também o marco divisório e central do tempo. Ver Hb 11.3, no gr.

D. O erro existente em nosso calendário atual. O uso do calendário é tão antigo quanto à própria humanidade. Os primeiros povos a usar calendário foram os antigos egípcios. Há calendários diversos, O leitor moderno que só tenha noções do nosso calendário precisa aperceber-se disso ao estudar assuntos antigos. Nestas nossas concisas e incompletas notas, reportamo-nos unicamente ao calendário cristão, do qual, o calendário atual é uma continuação.
Em 526 AD, o imperador romano do Oriente, Justiniano I, decidiu organizar um calendário original, entregando essa tarefa ao abade Dionísio Exiguus, o qual em seus cálculos cometeu um erro, fixando o ano 1 AD (o do nascimento de Cristo) com um atraso de 5 anos. Em seus cálculos ele tomou o calendário romano (o chamado "AUC") e fixou o ano 1 AD (o início da Era Cristã), como sendo 753 AUC, quando na realidade era o 749. Daí dizer-se que Jesus nasceu 5 anos antes da Era Cristã. O que é um absurdo se não for dada uma explicação. Nossos livros e tratados apenas declaram o fato do engano do abade, mas não o explicam. Portanto, as datas atuais estão atrasadas 5 anos. Estritamente falando, são quase cinco anos. Trata-se de arredondamento.
Nota 1. O calendário atual chama-se Gregoriano, porque em 1582 o papa Gregório XIII alterou o calendário de Dionísio, subtraindo-lhe dez dias, a fim de corrigir a diferença advinda do acúmulo de minutos a partir de 46 AC, quando Júlio César reformou o calendário então existente.
Nota 2. A palavra calendário vem do latim "calenda" = 1º dia de cada mês entre os romanos.
E. As divisões do tempo.
1. O dia. Entre os judeus e romanos era dividido em 12 horas, isto é, o período em que há luz. Entre os judeus, o dia ia de um por de sol a outro. Entre os romanos, ia de uma meia-noite a outra. As horas do dia e da noite eram contadas separadamente, isto é, doze e doze; isto entre judeus e romanos. Ver Jo 11.9 e At 23.23. Entre os judeus a Hora Primeira do dia era às seis da manhã. O mesmo ocorria em relação à noite.
2. A semana. Entre os hebreus, os dias da semana não tinham nomes e sim números, com exceção do 6º e 7º dias, que também tinha nomes, Lc 23.54.
3. Os meses. Eram lunares. A lua nova marcava o início de cada mês, sendo esse dia festivo e santificado, Nm 28.11-15; I Sm 20.5; I Cr 23.31; II Rs 4.23; S181.3; Is 1.13; Cl 2.16. Tinham 29 e 30 dias alternadamente. Antes do exílio babilônico eram designados por números. Depois disso, passaram a ter nomes e números.
4. Os anos. Tinham 12 meses de 29 e 30 dias alternadamente, perfazendo 354 dias. Os judeus observavam dois diferentes anos: o sagrado, começando em Abibe (mais ou menos o nosso abril), e o civil, começando em Tisri (mais ou menos o nosso outubro.)

5. Os séculos. Sua computação.

Século I. Compreende os anos 1 a 100 AD.
Século II. Compreende os anos 101 a 200 AD.
Século III. Anos 201 a 300, e assim por diante.


quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Reino do norte e Reino do Sul


Quando Salomão morreu, em 931 a.C., ocorreu um cisma em Israel culminando com a divisão do reino em dois novos reinos. As tribos de Judá e Benjamin, situadas no sul, deram origem ao Reino de Judá. Já as demais tribos, situadas ao norte, deram origem ao Reino de Israel.

Roboão, filho de Salomão, tornou-se o rei de Judá, tendo subido ao trono aos quarenta e um anos de idade, logo após a morte de seu pai. Depois de sua proclamação como sucessor de Salomão, ele foi a Siquém para obter o apoio e o reconhecimento das tribos do norte como rei de Israel. Porém, em Siquém os israelitas afirmaram que só o reconheceriam caso ele retirasse os pesados tributos que haviam sido impostos ao povo por seu pai.

Entretanto, mesmo tendo ouvido os conselhos dos anciãos, que relembram-lhe que a função da autoridade é servir ao povo, ele recusou-se a aceitar a reivindicação do povo e reduzir os tributos. Assim, ele preferir dar ouvidos aos jovens da corte, que o aconselharam a aumentar a opressão e a exploração para não perder a autoridade sobre o povo. Tendo seguido este último conselho, o rei perdeu o povo. Então, houve a divisão do reino. Jerusalém continuou sendo a capital, mas apenas do Reino de Judá, e Siquém passou a ser a capital do Reino de Israel. Posteriormente, Jeroboão faria de Penuel a sua capital. Mais tarde, a capital seria transferida para a cidade de Samaria.

Para controlar a rebelião das tribos do norte, Roboão quis enviar um grande exército para dominá-las. O profeta Semeías, entretanto, interveio e o aconselhou a não realizar essa expedição militar, afirmando-lhe que a divisão do reino foi um fato da vontade de Deus. E ele escutou as palavras do profeta.

No sexto ano de seu reinado, o faraó Sesac, invadiu as terrras de Israel e obrigou Roboão a pagar altos tributos ao Egito.

O reinado de Roboão durou dezessete anos e ele foi sucedido por seu filho Abias, também chamado de Abiam.

Enquanto Roboão reinou em Judá, Jeroboão reinou em Israel. Jeroboão era da tribo de Efraim. Ele havia servido ao rei Salomão durante algum tempo mas, após provocar uma revolta frustrada, teve que se exilar no Egito. Quando Salomão morreu, ele retornou a Israel e, após manobras políticas, acabou sendo proclamado rei pelas dez tribos do norte, que se sentiam subjugadas pelo governo de Jerusalém. No quinto ano de seu reinado, os exércitos de Sesac invadiram seu reino, obrigando-o a também pagar tributos ao Egito.

Um dos atos cometidos por Jeroboão que mais receberam a condenação feroz dos profetas foi a sua decisão de construir dois santuários, um em Dan e outro em Betel, nos quais ele colocou dois bezerros de ouro. Ele havia construído esses santuários para evitar que o povo fosse a Jerusalém para adorar a Deus no templo, pois ele pensava que isso tivesse como conseqüência a reunificação dos dois reinos. Por causa disso, ele proibiu o povo de ir a Jerusalém prestar culto a Deus. Finalmente, ele pôs sacerdotes nos templos que construíra que não pertenciam à tribo de Levi e, portanto, não poderiam ser sacerdotes. Dessa forma, o povo foi levado ao culto dos ídolos. Pela boca do profeta Aías, a palavra de Deus dirigida a Jeroboão foi clara: "Exterminarei a tua casa porque me rejeitaste". Faz-se necessário lembrar que também Roboão instituiu práticas idolátricas em Judá.

O reinado de Jeroboão durou vinte e dois anos e seu sucessor foi Nadab, seu filho.

Após a invasão de Sesac, os dois reinos entraram em franca decadência, e toda a glória dos tempos de Salomão foi perdida. Para completar, ambos foram marcados por guerras contínuas entre Roboão e Jeroboão.

A partir dessa época, começou uma longa e dolorosa história de sofrimentos para o povo, que via seus reis cometerem práticas idolátricas e pecarem contra a palavra de Deus. Como sempre, o povo sofria as conseqüências. Mas Deus, cheio de misericórdia, não deixou o povo desamparado. Foi nessa época que o Senhor enviou inúmeros profetas para consolar e aconselhar o povo e, principalmente, para criticar e condenar as atitudes erradas dos reis. Eles pregavam a penitência, anunciavam castigos caso o povo não se convertesse e prediziam muitos passos da vida do futuro Salvador, o Messias. Para confirmar suas palavras, Deus concedia-lhes o dom de realizarem muitos milagres.

O rei deve ser fiel a Deus, conforme está escrito no versículo 3 do segundo capítulo de Reis: “Guarda os preceitos do Senhor, teu Deus; anda em seus caminhos, observa suas leis, seus mandamentos, seus preceitos e seus ensinamentos, tais como estão escritos na lei de Moisés. Desse modo serás bem-sucedido em tudo o que fizeres e em tudo o que empreenderes” Somente assim ele é capaz de governar com sabedoria e com justiça, isto é, realmente servirá o povo, o qual pertence a Deus. Entretanto, aconteceu exatamente o contrário, pois os reis foram sempre infiéis. Eles fizeram tudo “o que Javé reprova”, ou seja, praticaram a idolatria, entregaram a nação aos estrangeiros, perseguiram os profetas e, finalmente, oprimiram e exploraram o povo. A conseqüência imediata de tudo isso foi uma só: Israel e Judá são levados à completa ruína.

A respeito das datas que marcam os acontecimentos da história de Israel e Judá, é necessário esclarecer que não existe consenso entre os historiadores. Na antiguidade os calendários eram diferentes do nosso calendário e, portanto, as datas não correspondem umas às outras e nem o tempo marcado em anos ou meses corresponde exatamente ao período de tempo que marcamos no atual calendário gregoriano. É muito difícil estabelecer uma data a partir da qual possa ser feita toda a cronologia dos fatos históricos. De qualquer maneira, hoje em dia a maior parte dos historiadores segue as cronologias de William F. Albright, Edwin R. Thiele ou de Gershon Galil para datar a história do Reino de Israel e do Reino de Judá.

VIDEO AMADOR DE JERUSALÉM

Faço das minhas, as palavras dele.

Eu descobri em mim mesmo desejos os quais nada nesta terra podem satisfazer, a única explicação lógica é que eu fui feito para um outro mundo. C. S. Lewis

REFLEXÃO

Levar uma vida cristã significa ter os comportamentos aprovados pelo grupo religioso a que pertencemos?