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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

C. S. Lewis-Cristianismo puro e simples


Estou lendo este mês Mero cristianismo da Editora Quadrante de CLIVER STAPLES LEWIS, ou Jack, com preferia ser chamado. Não li mas já me disseram que é ótimo: Cartas do diabo ao seu aprendiz e O problema do sofrimento (este eu tentei mas dei um tempo para desenvolver meu conhecimento sobre a vida e sobre este autor) Estes títulos tornaram-se clássicos da apologia cristã. Mas nenhum deles fez tanto sucesso quanto Cristianismo puro e simples (obra publicada no Brasil com o titulo Mero cristianismo, pela Editora Quadrante), livro que nasceu a partir de várias mensagens que proferiu na rádio BBC.






Lewis morreu em 1963, mas poucas vezes será tão justo dizer que sua obra está cada vez mais viva.

AULA SOBRE ISAIAS




O PROFETA ISAÍAS- Filho de Amoz que segundo o Talmude Amoz era irmão do rei Uzias portanto Isaías era da família real. Este profeta tem suas profecias no período que vai entre os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias (1.1). O nome Isaías significa “o Senhor salva”. Isaías é contemporâneo de Amós, de Oséias e de Miquéias,sete séculos e meio antes que o Cristo viesse Isaías vislumbrou sua vinda e seu ministério começou em 740 a.C., ano em que morreu o seu tio o rei Uzias (6). Ele nasceu por volta de 760 e vivido pelo menos até 681 a.C. De família nobre de Judá, Isaías era casado, e tinha no mínimo dois filhos: Sear-Jasube (7.3) e Maer-Shalai-Hash-Baz (8.3). É provável que tenha passado a maior parte de sua vida em Jerusalém, exercendo maior influência no reinado de Ezequias (37.1-20). Para Isaías também é atribuído a composição da história do reinado de Uzias (2 Cr 26-22). Ao que tudo indica historicamente falando o tirano rei Manasses teria serrado Isaías ao meio

Situacionando o livro no período Bíblico- Quando os Assírios estão em profusão este profeta vivenciou suas atrocidades e viu tudo que foi imposto ao seu povo por parte deste cativeiro.E o Norte que também conhecemos por Israel e o Sul que denomina-se Judá tiveram em seu meio a majestade do reino que foi deixado em herança por Davi, Israel governado por Jeroboão e outros seis reis de menor importância, haviam aderido ao culto pagão; Judá, no período de Uzias, Jotão e Ezequias permaneceram em conformidade com a aliança mosaica, porém gradualmente, o rigor foi diminuindo causando um sério declínio moral e espiritual (3.8-26). Lugares secretos de culto pagão passaram a ser tolerados; o rico oprimia o pobre; as mulheres negligenciavam suas famílias na busca do prazer carnal; muitos dos sacerdotes e falsos profetas buscavam agradar os homens (5.7-12, 18-23; 22.12-14). Tudo isso deixava claro e patente aos olhos do profeta Isaías que a aliança registrada por Moisés em Deuteronômio 30.11-20, havia sido inteiramente violada, portanto a sentença divina estava proferida, o cativeiro e o julgamento eram inevitáveis para Judá, assim como era para Israel. Isaías advertiu Judá de que seus pecados levariam a nação ao cativeiro babilônico. A visita dos enviados do rei da Babilônia a Ezequias armou o cenário para essa predição (39.1-6). Embora a queda de Jerusalém só viesse a ocorrer em 586 a.C., Isaías toma por certo a derrota de Judá e passa a predizer a volta do povo do cativeiro (40.2-3). Deus redimiria seu povo da Babilônia assim como redimiu do Egito. Isaías prediz a ascensão de Ciro, o persa, que uniria os medos e os persas e conquistaria a Babilônia (45.1).

Dois acontecimentos importantes servem de foco para os capítulos 1-39:

1. A invasão de Israel pelo rei assírio Tiglate-Pileser III serve de pano de fundo para os capítulos 7-12. Essa foi a reação militar de Damasco (capital de Arã) e do Reino do Norte, Israel, contra o Reino do Sul, Judá. O motivo da agressão (a guerra siro-eframita, 735-732 a.C.), não é mencionada no texto. Contudo, é evidente que a ação foi considerada uma ameaça real contra a sobrevivência da monarquia davídica. A resposta de Acaz, rei de Judá, foi convocar a Assíria para manter a ordem na região, convite aceito por Tiglate-Pileser. Conseqüentemente, Damasco foi conquistada, seu povo deportado e toda a terra de Arã incorporada ao Império Assírio (732 a.C.). Partes do reino do Norte foram anexadas, e um novo rei colocado no trono. Vários anos depois, Israel rebelou-se novamente e foi totalmente dominada pelo Império Assírio, com a destruição da capital Samaria em 721. Esses acontecimentos, contudo, recebem pouca atenção no livro de Isaías.

2. A invasão de Judá pelo rei assírio Senaqueribe, em 701, resultou no envolvimento de Ezequias na coligação antiassíria. Isso causou a destruição de várias cidades fortificadas de Judá e, finalmente, o cerco de Jerusalém. Ao contrário do pai, Acaz, Ezequias confiou no socorro do Senhor, e o exercito assírio foi destruído.

Era um tempo de medo e incerteza política. Os assírios aterrorizavam a população do Antigo Oriente Médio com um programa agressivo de dominação. O país podia optar por ser vassalo, pagando um tributo anual e fornecendo tropas auxiliares aos assírios. Mas ao menor sinal de deslealdade resultava em reduções territoriais e maior controle assírio do governo, sem mencionar a cobrança mais pesada de impostos. Por trás de tudo isso havia a ameaça de deportação, com a perda da independência política.

COMPOSIÇÃO DO LIVRO- Isaías é visto como o maior profeta do Velho Testamento. O livro é uma coleção de adágios proféticos e oráculos de Isaías, a voz profética predominante na turbulenta segunda metade do século VIII a.C. (740-700). Aqui se encontra parte da literatura hebraica por demais valiosa e conhecida por apresentação direta de fidedignidade e poder soberano do Deus de Israel. Muitas passagens do seu livro estão entre as mais formosas da literatura. Alguns eruditos modernos têm estudado sua profecia poética do mesmo modo que um botânico estuda as flores, examinando-as e analisando-as. O uso deste método de estudo tem feito com que a beleza e a unidade do livro como as de uma rosa fiquem quase esquecidas, à medida que as diferentes partes são divididas a fim de serem examinadas. Aliás, a unidade de Isaías é tema de grande controvérsia. Pelo fato de o profeta ter vivido no século VIII a.C., alguns estudiosos têm dificuldade em aceitar que ele tenha identificado Ciro, o persa, nominalmente nos capítulos 44 e 45, pelo fato de Ciro ter entrado em cena apenas duzentos anos mais tarde. Mesmo para os que estão dispostos a aceitar o fenômeno sobrenatural da previsão do futuro, isso, muitas vezes, parece improvável quando comparado a outros oráculos. No capítulo 44.28, Isaías escreveu: "Que digo de Ciro: É meu pastor, e cumprirá tudo o que me apraz, dizendo também a Jerusalém: Tu serás edificada; e ao templo: Tu serás fundado".

Em 45.1 "ASSIM diz o SENHOR ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater as nações diante de sua face, e descingir os lombos dos reis, para abrir diante dele as portas, e as portas não se fecharão“.

O único outro exemplo no Antigo Testamento em que o nome da pessoa é dado antes de seu surgimento é a menção de Josias em 1 Reis 13.2 “E ele clamou contra o altar por ordem do SENHOR, e disse: Altar, altar! Assim diz o SENHOR: Eis que um filho nascerá à casa de Davi, cujo nome será Josias, o qual sacrificará sobre ti os sacerdotes dos altos que sobre ti queimam incenso, e ossos de homens se queimarão sobre ti”.

Unidade literária- Mesmo por meio de uma leitura descontraída de Isaías, podemos detectar uma grande mudança no capítulo 40. O estilo se torna mais poético e teórico. O tom se torna conciliatório em vez de condenador. Os oráculos de acusação e juízo, que compunham a maior parte dos primeiros 39 capítulos se tornam bem mais raros. A situação histórica parece ter mudado dramaticamente. O povo mencionado está no exílio, não na Judá do século VIII. À luz de tais observações, pode-se entender facilmente por que alguns eruditos não conseguem atribuir o livro inteiro a um único autor do século VIII. É comum os estudiosos insistirem na existência de pelo menos dois autores diferentes para o livro, separados por no mínimo 150 anos. Normalmente fazem referência a um "deutero-Isaías" hipotético e, muitas vezes até três autores nos capítulos 40 a 66, que teriam escrito nos séculos VI e V a.C. Mas apesar de muitos estudiosos duvidarem que Isaías tenha sido o autor de todo o livro que leva seu nome, somente o nome dele está vinculado à obra. O argumento mais forte a favor da unidade do livro de Isaías é a expressão “o Santo de Israel” como título de Deus que ocorre 12 vezes nos capítulos de 1 a 39 e 14 vezes nos capítulos 40 a 66. Fora de Isaías, aparece apenas 6 vezes no Antigo Testamento. Existem outros paralelos verbais notáveis entre os capítulos 1 a 39 e os capítulos de 40 a 66. O testemunho do livro em si certamente insiste na realidade da profecia sobrenatural voltada para o futuro. A justificação da soberania divina em Isaías 40 a 48 se baseia na capacidade do Senhor de prever o que fará e desafiar os ídolos a fazerem o mesmo. Portanto o foco no futuro que permeia essa parte não pode ser facilmente neutralizado. A menção de Ciro se dá no ápice de uma composição poética muito bem estruturada (44.24-28) e não pode ser ingenuamente eliminada como se fosse algo supérfluo. Além disso a evidência de que o livro de Reis, concluído até a metade do exílio, usou o livro completo de Isaías como fonte favorece a data pré-exílica para a composição do livro do profeta. Para quem não aceita as afirmações de Jesus como referências literárias, ou declarações de autoria, o Novo Testamento reivindica que Isaías seja considerado o profeta desses oráculos para Israel, pois é, no mínimo, considerado sua fonte. Isso não implica que Isaías os tenha registrado, mas indica que a composição representa fielmente o que ele declarou.

CONTROVÉRSIAS- Há muitas controvérsias relativas à natureza dos capítulos de 1 a 5, já que a comissão formal de Isaías é narrada no capítulo 6. Alguns alegam que o trecho de 1 a 5 contém oráculos anteriores à visão de Isaías no ano da morte de Uzas. Outros acreditam que os cinco capítulos servem de introdução ao livro pela seleção de oráculos de diversos períodos do ministério do profeta. Quer tenha sido compilado, quer seja antigo, esse material serve de introdução adequada ao livro e a seus temas. Muitos oráculos de acusação provém dessa parte.

CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS- Isaías contém prosa e poesia; a beleza de sua poesia é insuperada no restante do Antigo Testamento. O trecho principal em prosa acha-se nos capítulos 36 a 39, no interlúdio histórico que une as duas partes do livro. O material poético inclui uma série de sentenças nos capítulos 13 a 23. Um cântico de motejo contra o rei da Babilônia acha-se em 14.4-23. Os capítulos 24 a 27 formam uma seção apocalíptica que ressalta os últimos dias. Um poema sapiencial acha-se em 28.23-29. O cântico da vinha (5.1-7) começa com cântico de amor, no qual Isaías retrata o relacionamento entre Deus e Israel. Hinos de louvor aparecem em 12.1-6 e 38.10-20, e temos um lamento nacional em 63.7 - 64.12. A poesia é realmente rica e variada, da mesma forma que o vocabulário do profeta supera qualquer outro escritor do Velho Testamento.Uma das técnicas prediletas de Isaías é a personificação. O sol e a lua sentem vergonha (24.23), ao passo que o deserto e a terra ressequida se regozijam (35.1) e as montanhas e florestas irrompem em cânticos (44.23). As árvores “baterão palmas” (55.12). Uma figura de linguagem predileta é a vinha, que representa Israel (5.7). Pisar o lagar é retrato do juízo (63.3), e beber o cálice da ira de Deus é cambalear debaixo do seu castigo (51.17). Isaías emprega o nome “Rocha” em referencia a Deus (17.10). O poder da linguagem figurada de Isaías vê-se em 30.27-33, e o profeta faz pleno uso da ironia ao condenar os ídolos em 44. 9-20. Exemplos notáveis de jogo de palavras têm como aliteração e assonância em 24.17. A calamidade destruidora de 28.15,18 é no original um exemplo de metáfora mista. Isaías muitas vezes alude a acontecimentos anteriores da história de Israel, sobretudo ao êxodo do Egito. A travessia no mar Vermelho serve de cenário de 11.15 e de 43.2,16, 17, e outras alusões ocorrem em 4.5,6; 31.5 e 37.36. A destruição de Sodoma e Gomorra é mencionada em 1.9, e a vitória de Gideão contra Midiã é mencionada em 9.4 e em 10.26. Várias vezes Isaías aproveita o cântico de Moisés de Dt 32. Isaías da mesma forma que Moisés, conclama a nação ao arrependimento e a fé num Deus santo e Todo-poderoso (49.8). Ao todo, existem em Isaías pelo menos 25 palavras ou formas hebraicas que não aparecem em nenhum outro escrito profético.

TEMAS E TEOLOGIA - Isaías é um livro que desvenda as plenas dimensões do juízo e da salvação divina. Deus é o Santo de Israel que deveria castigar seu povo rebelde, mas posteriormente o remirá. Israel é nação cega e surda (6.9,10; 42.7), vinha que será pisoteada (5.1-7), povo destituído de retidão (5.7; 10.1-2). O juízo terrível que será desencadeado contra Israel e todas as nações que desafiam a Deus é chamado “dia do Senhor”.
Deus, porém, terá compaixão de seu povo (14.1,2) e o livrará da opressão tanto política quanto espiritual. Sua restauração é semelhante a um novo êxodo (43.2,16-19; 52. 10-12) quando Deus o redimir e o salvar. O poderoso Criador de Israel (40.21,22; 48.13) fará ribeiros brotar no deserto (32.2) quando por graça levar o povo de volta a pátria. O tema de uma estrada para a volta dos exilados ganha destaque nas duas partes principais do livro. O Senhor levanta um estandarte para conclamar as nações a trazer Israel para casa.
Isaías serviu a Deus desempenhando o papel de promotor de justiça da aliança. Sua mensagem é constituída de acusações, condenações e julgamentos, pois ele declara a maldição de Deus sobre Israel, Judá e as nações (1.2-31; 13 – 23; 56 – 57; 65). O relato autobiográfico de Isaías do seu chamado para tornar-se um mensageiro da corte celestial do Senhor encontra-se no capítulo 6. Quando Isaías foi convocado a representar a corte celeste junto à corte terrena de Jerusalém, ele descobriu que Deus não o estava enviando para salvar Israel, mas para endurecer seus corações impenitentes (6.9-10). Isaías devia apresentar ao povo a acusação do Senhor de que eles eram infiéis e rebeldes (1.2-3; 31.1-3; 57.3-10). O povo de Deus havia se tornado como as demais nações em seu orgulho, sarcasmo e egoísmo. Eles haviam perdido a perspectiva de justiça, de amor e de paz, características do Reino de Deus e tentaram estabelecer seu próprio reino. O profeta também desempenha o papel de advogado. Ele exorta os piedosos a buscarem ao Senhor, a aguardarem o seu Reino, a experimentarem eles mesmo a paz de Deus e a responderem com fé aos novos atos divinos de redenção. A aliança do Senhor termina com bênçãos sobre Israel, não maldições (Dt30. 1-10). Ao final um remanescente piedoso sobreviverá ao julgamento.
A primeira parte do livro, caps. De 1 a 35, enfoca o julgamento de Deus sobre Israel através da Assíria; a segunda, caps. 40 a 66, o retorno do remanescente do exílio na Babilônia e sua libertação final no futuro distante. A segunda parte com a primeira inicia-se com uma visão da corte celestial. Isaías ouve furtivamente Deus enviando mensageiros para anunciar que o castigo já foi pago e que por isso terá fim (40.1-18). A visão que Isaías tem do Reino de Deus é grandiosa, pois inclui a história da redenção desde os seus dias até alcançar a plenitude da salvação. Ela abarca do exílio, a volta dos judeus do exílio, a missão, o ministério e o Reino de Jesus Cristo, a missão e a esperança da Igreja, o governo atual de Jesus sobre este mundo e a restauração de todas as coisas em santidade e justiça.
Isaías era mestre em sua língua e utilizou imagens e vocabulários muito ricos. Muitas das palavras e expressões de que faz uso não são encontradas em nenhuma outra parte do Antigo Testamento. As imagens retóricas em seu livro mostram que ele conhecia as tragédias da guerra (63.1-6), as injustiças da alta sociedade (3.1-17) e os fracassos da agricultura (5.1-7).
Isaías era um pregador de talento. Através de sua imaginação poética e estilo retórico, ele expôs a loucura de fiar-se nas estruturas humanas em contraste com a sabedoria de confiar no Reino de Deus. Embora os infiéis sejam insensíveis ao Senhor (6.10), os oráculos proféticos de Isaías levam os piedosos a responderem a Deus com reverência e louvor.
Isaías conclama o povo a abandonar a vida de pecado e ao mesmo tempo escapar do julgamento e da punição futura como castigos divinos. Sua mensagem se destina a Judá, Israel e às nações pagãs vizinhas. Contém vários oráculos ou mensagens constituídas de acusações, condenações, julgamentos e também de consolação, e ainda algumas passagens apocalípticas, tudo escrito num estilo nobre e clássico. O profeta foi cauteloso em mostrar que o juízo de Deus revela não sua arbitrariedade, mas sua justiça. Devido a idolatria e a imoralidade, o povo de Deus havia se tornado como as demais nações em seu orgulho e egoísmo. Por outro lado o livro está repleto de promessas de restauração, do advento do Messias, de salvação para todas as nações e do triunfo dos propósitos de Deus.


PARTICULARIDADES DE ISAÍAS - SANTO DE ISRAEL:
O título de Deus usado quase exclusivamente por Isaías no Antigo Testamento é o “Santo de Israel”. Ele não só demonstra a ênfase de Isaías à santidade do Senhor, mas também reflete a preocupação do livro com a gravidade das ofensas de Israel contra Deus. REDENTOR:
Outra característica de Isaías é o fato de Javé ser o Redentor de Israel. Esse título para Javé só é usado quatro vezes em outros livros; todavia, ele é utilizado mais de dez vezes no livro de Isaías.

ESCATOLOGIA- A escatologia (estudo da parte final do programa de Deus) encontrada em Isaías é a escatologia do Reino. Com isso, queremos dizer que a ênfase está no reino futuro de Israel, retratado como o reino centrado em Jerusalém. Paz e prosperidade abundantes, e todo o mundo ria a Jerusalém para se encher de espanto e ser instruído. A adoração adequada e a centralidade da lei são características significativas do reino. Um descendente de Jessé se assentará no trono; esse aspecto do reino, todavia, não é um destaque em Isaías. A ênfase é dada ao fato de que Javé reinará (24.23; 33.22; 43.15; 46.6) e será o orgulho do remanescente de Judá e a glória de Jerusalém.

O MESSIAS- A paz e a segurança marcam a era messiânica. Um rei descendente de Davi reinará com justiça e todas as nações afluíram ao santo monte de Jerusalém (2.2-4). O povo de Deus já não será oprimido por governantes ímpios e Jerusalém será verdadeiramente a “cidade do Senhor” (60.14). O Senhor chama o Rei Messiânico de “meu servo” nos capítulos de 42 a 53, termo também aplicado a Israel como nação (41.8,9; 42.1). É através do sofrimento do Servo que a salvação, em sentido mais pleno, é lavada a efeito. Ciro era o instrumento de Deus para livrar Israel da Babilônia, mas Cristo livrará a humanidade da prisão do pecado (52.13 – 53.12). Tornou-se luz para os gentios (42.6), a fim de que as nações condenadas ao juízo (cap. 13 a 23) pudessem achar a salvação (55.4,5). O Reino do Senhor na terra, com seu Rei justo e seus súditos justos, é o alvo em direção ao qual o livro de Isaías avança com firmeza. A terra restaurada e o povo restaurado passarão, então, a cumprir o ideal divino, e tudo resultará no louvor e na glória do Santo de Israel, por causa do que Ele tem realizado.
ESFERA DE AÇÃO- Tudo indica que ele escreveu seu livro durante os reinado de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, e a parte final do seu livro (capítulos 40 a 66) durante o reinado do tirano Manassés. Portanto, os acontecimentos históricos registrados em Isaías abrangem um período de mais ou menos 60 anos.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

FIGURAS DE LINGUAGEM


Assunto próprio da disciplina de Bíbliologia, visto como revisão ou introdução.


Como saber se uma expressão apresenta sentido figurado ou literal?
A palavra está em sentido figurado quando destoa do assunto ou quando difere dos fatos, da experiência ou da observação.
Regras para identificar figuras de linguagem:
1. Adote sempre o sentido literal de uma passagem, a menos que haja boas razões para não fazê-lo (Ap 7.9).
2. O sentido é o figurado se o literal implicar uma impossibilidade (Jr 1.18).
3. O sentido é o figurado se o literal for absurdo (Is 55.2).
4. Adote sentido figurado se o literal sugerir imoralidade (Jo 6.53-58).
5. Repare se uma expressão figurada vem acompanhada de uma explicação literal (1 Ts 4.13-16).
6. Às vezes uma figura é ressaltada por um adjetivo qualificativo (Mt 6.14; Jo 6.32).

A linguagem figurada é o oposto da interpretação literal?
Não, apenas pode-se narrar um fato literal no sentido normal ou no estilo figurado.

Personificação:Atribuição de características ou ações humanas a objetos inanimados, a conceitos ou animais. “O deserto e a terra se alegrarão...” (Is 35.1).
Antropomorfismo:Atribuição de qualidades ou ações humanas a Deus. “Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos...” (Sl 8.3)
Antropopatia Atribui emoções humanas a Deus. “...Tenho grandes zelos de Sião” (Zc 8.2).
Zoomorfismo:(não é imagem Conferir:Cânticos 1:9 Atribui características de animais a Deus. [Deus] “Cobrir-te-á com suas penas, sob suas asas estará seguro...” (Sl 91.4).
Hipérbole:Afirmação exagerada em que se diz mais do que o significado iteral com o objetivo de ênfase. “...as cidades são grandes e fortificadas até aos céus...” (Dt 1.28).

Como devemos interpretar as figuras de linguagem?
Descobrir se existe alguma figura de linguagem.
Descobrir a imagem e o objeto na figura de linguagem.
Especificar o elemento de comparação.
Não presumir que a figura sempre signifique a mesma coisa.
Sujeitar as figuras a limites ou controles legítimos por meio dos princípios da lógica e da comunicação.


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ZUCK, Roy B.. A Interpretação Bíblica. São Paulo: Vida Nova, 1994. págs. 167-196.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

O Deus do indivíduo









Em um panorama histórico vemos que por vezes a influência de Deus na relação com a humanidade e isso é bom, mas daí esta relação chegar a ter minha vida observada pela Trindade é uma distância enorme.



Assim aprouve Deus descrever paulatinamente várias demonstrações de cuidado com o indivíduo.
Parte de um todo, seria dispensável a ação magistral de Deus em cuidar do seu povo e esquecer seus filhos individualmente, assim quando estes eventos ocorrem nas narrativas bíblicas despertam admiração, pois o espanto não é pra menos estamos falando de Deus e quem Ele é; que ao longo da história da humanidade a ideia ou compreensão de Deus assumiu várias concepções em todas as sociedades e grupos já existentes, desde as primitivas formas pré-clássicas das crenças provenientes das tribos da antiguidade até os dogmas das modernas religiões da civilização atual. Deus muitas vezes é expressado como o criador e Senhor do universo.
Teólogos têm relacionado uma variedade de atributos para concepções de Deus muito diferentes. Os mais comuns entre essas incluem onisciência, onipotência, onipresença, benevolência (bondade perfeita), simplicidade divina, zelo, sobrenatural, eternidade e de existência necessária.Como poderia esta personagem parar e ver no homem (individual) a oportunidade do relacionamento, quais são seus interesses e isso gera indagações como a de Jó na Nova Versão Internacional (NVI):
"O homem nascido de mulher vive pouco tempo e passa por muitas dificuldades.Brota como a flor e murcha. Vai-se como a sombra passageira; não dura muito.Fixas o olhar num homem desses? E o trarás à tua presença para julgamento?
JÓ 14:1-3
Qual seria o interesse de Deus na brevidade do homem? Teria Deus vontade de amigar-se com o homem? Esta mensagem comprovará isso.
Quando o Reino unificado perde as forças depois da morte de Salomão, Jeroboão e Roboão dividem o reino em Sul e Norte, este ultimo já vinha vivendo richas entre os sulistas em suma, intigas de discriminação, com o tempo este reino se torna enfraquecido e o Norte é invadido pelos Assírios e estes por sua vez são levados em partes para o exílio, em seu lugar os despotas assírios trazem escravos e senhores de outros territórios e o que antes já era tido como parcialidade passa-se a ser totalmente discriminado.
O reino do sul chega ao ponto de desconsiderar os “irmãos judeus” do norte e passa a chamá-los de Samaritanos. Tentativas e mais tentativas de apaziguar as oposições foram feitas como por exemplo no período do retorno do exílio babilônico que na reconstrução do tempo por parte dos “filhos de Jerusalém” os cooirmãos tentam participar da empreendimento, mas segundo Esdras 4:3
“...Zorobabel, e Jesuá, e os outros chefes dos pais de Israel lhes disseram: Não convém que nós e vós edifiquemos casa a nosso Deus; mas nós sozinhos a edificaremos ao SENHOR Deus de Israel, como nos ordenou o rei Ciro, rei da Pérsia”.

Em partes isso só serviu para acirrar a briga entre os lados opostos, o que ora escrevo acima é no intuito de ser neutor pois há particulariedades que poderiam ocupar várias páginas fazendo defezas e acusações sobre este e mais tantos outros episódios,o tempo passou e com a soma dele o aumento da raiva entre estes dois grupos.
Um dia muito tempo depois quando Cristo iniciou o seu ministério Ele andava fazendo proezas no meio do povo e sinais e manifestações sobrenaturais aconteciam e rogavam para que Jesus fizesse o mesmo que fazia João Batista,batizasse as pessoas, mas segundo João 4:2 Ele não batizava mas sim os seus discipulos, mas este número almentava e com ele a perseguição por parte dos fariseus, assim Jesus deixou a Judeia e voltou para a Galileia, automáticamente Jesus tinha que passar por Samaria e no caminho um dos possos de Jacó fazia ponto de controle desta peregrinação.
Era um encontro do passado com o presente era a resposta das afrontas, era a incerteza do que seria este momento, os discípulos cogitam com Jesus a possibilidade de irem comprar algo para comer o Mestre afirma que melhor fosse eles irem e Ele por ali mesmo ficaria, muito provavelmente os discipulos passam pela persoanegm do início do texto de João capitulo 4. Mas talvez eles ainda tinham motivos para ignorar a mulher que ora estava ali, eles poderiam ter! Mas Deus não tinha, era o encontro do Deus Filho com uma filha de Deus, era o encontro do Deus que cuida da humanidade com o humano que cuidava em buscar a Deus.
Esta busca dela pode ser vista pela sua caracteristica, quem tira água do posso ao meio dia? Só quem está escluso, ignorado, recriminado, chacoteado e etc. Ela não poderia vir com as demais mulheres pela manhã...era extremamente vergonhoso. De longe ela vê um ilustre representante do grupo que desaprova sua vida, está ali bem perto do posso do antepassado Jacó; um homem judeu. Dá pra ouvir seus murmúrios: “ e eu que pensei que iria ficar livre dessa corja”...derrepente uma fala interrompe seus pensamentos: João 4.
“dá-me de beber”
Isso não era plausivel ira indecoroso que isso pudesse acontecer, como pode um judeu falar com um representante Samaritano e mais o que agrava é fato de ser do sexo feminino e para aplacar o atrevimento os dois estavam agora a sós.
Jesus deve ter lembrado naquela hora das desavenças histórias destes grupos e tráz a tona em pensamentos as lutas, as oposições, a ação do homem sem antes consultar a Deus, as alianças fora da aliança de Deus, os casamentos que levaram a idolatria, as adorações que eles (os dois grupos-Judeus e Samaritanos) elevaram a outros deuses. Cristo ficou vendo a curva da estrada onde Ele ficou parado vendo os dois grupos tomarem distância um do outro. E de repente o pedido celestial ecoa o vale onde cavado foi aquele poço, e o que era sede de líquido se torna a pura demosntração do Amor de Deus e o Deus Filho profere os dizeres: João 4:10
“...Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.”
Do que esta falando este homem? Quem tem sede é ele e não eu e Jesus interrope seus maus pensamentos e diz: João 4:14 “Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.”
É Ele, é Ele mesmo O Messias Aquele que haveria de vir, é ele mesmo O Apasiguador, é Dele que nossos pais falaram...Ele não vai me acusar, Ele não quer saber das indiferenças. Jesus não se importava e não esta nem ai para as rejeições, preconceitos e intrigas, afinal Ele é o restaurador, Ele é o que zela, sabe onde ficam as cicatrizes que não se apagaram e as dores que não passaram, sabe das noites de aflições onde perderam-se o sono buscando resposta para cenários adiversos, O Cristo sabe das respostas que não vieram quando clamadas e por saber disso a samaritana diz:João 4:15
“... Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, e não venha aqui tirá-la.”
Jesus sacia não a sede momentânea mas a que perdurou por anos e mais anos e surpreende a mulher, por mostrar-lhe que sempre esteve por perto, procurando se interessar por tudo que ocorria na vida dela, sabia de seus sucessivos mal sucedidos casamentos e tudo que Ele queria era lhe ajudar.Jesus parou para saber do que aquela mulher sofria, parou para sentir isso e por isso Jesus Cristo está condicionado a saber das dores pessoais que passamos e é apto para noa ajudar.





Jesus é o Deus do individuo.

Graça e Paz





Marcelo Marques- Pastor e Professor
Rua José de Paula Galvão 565-Planalto-Ubelândia-MG
(34) 3216-6400 / 8855-6892

VIDEO AMADOR DE JERUSALÉM

Faço das minhas, as palavras dele.

Eu descobri em mim mesmo desejos os quais nada nesta terra podem satisfazer, a única explicação lógica é que eu fui feito para um outro mundo. C. S. Lewis

REFLEXÃO

Levar uma vida cristã significa ter os comportamentos aprovados pelo grupo religioso a que pertencemos?