AULAS DE GÊNESIS ATÉ CANTARES DE SALOMÃO POSTADAS ABAIXO

IV CIENTE AGORA NO CENTRO DE CONVENÇÕES HOTEL PRESIDENTE, INSCREVA-SE: 34-8855-6892

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Noções De Cronologia Bíblica



A cronologia Bíblica é quase toda incerta, aliás, toda a cronologia antiga. As datas eram contadas tomando-se por base eventos importantes da época, e isso dentro de cada povo. Não havia, é óbvio, uma base geral para cômputo do tempo.
Quanto à Bíblia, seus escritores não tinham preocupação com datas. Apenas registravam os fatos. As datas, quando mencionadas, tinham por base eventos particulares, como construção de cidades, coroação de reis, etc.
As descobertas arqueológicas e o estudo mourejante de dedicados eruditos no assunto vêm melhorando e precisando a cronologia em geral, inclusive a bíblica.
As datas que aparecem às margens de certas edições da Bíblia não pertencem ao texto original. Foram calculadas em 1650 pelo arcebispo anglicano Ussher (1580-1656.) É conhecida por Cronologia Aceita. A cronologia de Ussher vem enfrentando severa crítica. Há divergências quanto a muitas de suas datas, isso em face do progresso do estudo de assuntos orientais, através de contínuas pesquisas e descobertas arqueológicas. Quanto à Bíblia não se ocupar de um exato sistema de cronologia, lembremo-nos que ela é acima de tudo a revelação de Deus à humanidade, expondo o completo plano da redenção.
A. A utilidade da cronologia bíblica. Ela fornece pontos de referência na progressão da mensagem e fatos da Bíblia, situando-os no tempo.
B. Dificuldades no estudo da cronologia bíblica. Uma das dificuldades no estudo da cronologia bíblica está no próprio texto bíblico. Há, especialmente na época dos Juizes, do reino dividido, e dos profetas, muitos períodos coincidentes em parte, reinados associados, intervalos de anarquia, arredondamento de números, etc. Para a busca da solução dessas dificuldades é necessário um profundo exame dos textos envolvidos.
C. A era antes de Cristo (a Era AC.). A contagem do tempo que vai de Adão a Cristo é feita no sentido regressivo, isto é, o cômputo parte de Cristo para Adão, e não ao contrário. Noutras palavras, partindo de Adão para Cristo, os anos diminuem até chegarmos a 1 A.C. Portanto, de Cristo para Adão (o normal), os anos aumentam até chegarmos ao ano 4004 AC, tido como o da Criação adâmíca. É que Jesus é o centro de tudo. E também o marco divisório e central do tempo. Ver Hb 11.3, no gr.

D. O erro existente em nosso calendário atual. O uso do calendário é tão antigo quanto à própria humanidade. Os primeiros povos a usar calendário foram os antigos egípcios. Há calendários diversos, O leitor moderno que só tenha noções do nosso calendário precisa aperceber-se disso ao estudar assuntos antigos. Nestas nossas concisas e incompletas notas, reportamo-nos unicamente ao calendário cristão, do qual, o calendário atual é uma continuação.
Em 526 AD, o imperador romano do Oriente, Justiniano I, decidiu organizar um calendário original, entregando essa tarefa ao abade Dionísio Exiguus, o qual em seus cálculos cometeu um erro, fixando o ano 1 AD (o do nascimento de Cristo) com um atraso de 5 anos. Em seus cálculos ele tomou o calendário romano (o chamado "AUC") e fixou o ano 1 AD (o início da Era Cristã), como sendo 753 AUC, quando na realidade era o 749. Daí dizer-se que Jesus nasceu 5 anos antes da Era Cristã. O que é um absurdo se não for dada uma explicação. Nossos livros e tratados apenas declaram o fato do engano do abade, mas não o explicam. Portanto, as datas atuais estão atrasadas 5 anos. Estritamente falando, são quase cinco anos. Trata-se de arredondamento.
Nota 1. O calendário atual chama-se Gregoriano, porque em 1582 o papa Gregório XIII alterou o calendário de Dionísio, subtraindo-lhe dez dias, a fim de corrigir a diferença advinda do acúmulo de minutos a partir de 46 AC, quando Júlio César reformou o calendário então existente.
Nota 2. A palavra calendário vem do latim "calenda" = 1º dia de cada mês entre os romanos.
E. As divisões do tempo.
1. O dia. Entre os judeus e romanos era dividido em 12 horas, isto é, o período em que há luz. Entre os judeus, o dia ia de um por de sol a outro. Entre os romanos, ia de uma meia-noite a outra. As horas do dia e da noite eram contadas separadamente, isto é, doze e doze; isto entre judeus e romanos. Ver Jo 11.9 e At 23.23. Entre os judeus a Hora Primeira do dia era às seis da manhã. O mesmo ocorria em relação à noite.
2. A semana. Entre os hebreus, os dias da semana não tinham nomes e sim números, com exceção do 6º e 7º dias, que também tinha nomes, Lc 23.54.
3. Os meses. Eram lunares. A lua nova marcava o início de cada mês, sendo esse dia festivo e santificado, Nm 28.11-15; I Sm 20.5; I Cr 23.31; II Rs 4.23; S181.3; Is 1.13; Cl 2.16. Tinham 29 e 30 dias alternadamente. Antes do exílio babilônico eram designados por números. Depois disso, passaram a ter nomes e números.
4. Os anos. Tinham 12 meses de 29 e 30 dias alternadamente, perfazendo 354 dias. Os judeus observavam dois diferentes anos: o sagrado, começando em Abibe (mais ou menos o nosso abril), e o civil, começando em Tisri (mais ou menos o nosso outubro.)

5. Os séculos. Sua computação.

Século I. Compreende os anos 1 a 100 AD.
Século II. Compreende os anos 101 a 200 AD.
Século III. Anos 201 a 300, e assim por diante.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seja um crítico, comente aqui sua opnião. Eu responderei assim que possível.

VIDEO AMADOR DE JERUSALÉM

Faço das minhas, as palavras dele.

Eu descobri em mim mesmo desejos os quais nada nesta terra podem satisfazer, a única explicação lógica é que eu fui feito para um outro mundo. C. S. Lewis

REFLEXÃO

Levar uma vida cristã significa ter os comportamentos aprovados pelo grupo religioso a que pertencemos?